As principais democracias do mundo vêm buscando respostas regulatórias e normativas para enfrentar o desafio crescente de tornar o ambiente digital mais adequado, seguro e promotor de direitos para seus usuários. Sobretudo para crianças e adolescentes, representantes de cerca de 30% de toda a população mundial, a terça parte de todos os usuários de internet do mundo e que, por vivenciarem fases decisivas para seu desenvolvimento integral, precisam ter seus direitos humanos efetivados no presente e com premência.
Nas últimas décadas, os espaços onde crianças e adolescentes vivem, brincam e se desenvolvem vêm passando por mudanças profundas. No Brasil, por exemplo, nove em cada dez crianças e adolescentes de 9 a 17 anos são usuários de Internet, conforme a última pesquisa Tic Kids Online, promovida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).
Hoje, as interações, comunicações e o consumo de entretenimento são amplamente mediadas por produtos e serviços digitais. Esses, por sua vez, aplicam com frequência técnicas sofisticadas de inteligência artificial e análise de dados para selecionar informações, adaptar a experiência ao usuário e aumentar tanto a interação quanto o tempo que passam conectados, muitas vezes visando à exploração comercial infantojuvenil ínsita ao modelo de negócios das redes sociais, pautado na publicidade digital e no avanço de práticas vigilantistas. Assim, convertem os dados coletados de crianças e adolescentes em importantes ativos comerciais, em detrimento do estímulo ao pleno desenvolvimento e autonomia desse grupo hipervulnerável de indivíduos.
Se, por um lado, é certo que o acesso a tecnologias e ao ambiente digital pode oportunizar a efetivação de direitos de crianças e adolescentes – e por isso dizemos que é preciso “proteger as crianças na internet e não da internet” -, por outro, essas oportunidades, assim como no mundo offline, não são igualmente distribuídas a todas as crianças e a todos os adolescentes. Ainda há, no Brasil e em toda a América Latina, um percentual considerável de pessoas que estão desconectadas ou sem a garantia de conectividade significativa, especialmente quando considerados aspectos relacionados à região geográfica e à renda familiar. O acesso exclusivo pelo celular e a disseminação do modelo de pacotes de Internet limitados também restringem as oportunidades de participação no ambiente digital, privilegiando o acesso a poucas plataformas, como de redes sociais ou serviços de mensageria.
Nesse bojo, é ampla a gama de altos riscos a crianças e adolescentes no ambiente digital, que incluem termos de uso injustos ou incompreensíveis, utilização de ferramentas que visam induzir seu poder de decisão com técnicas de design manipulativo, perfilamento comercial para direcionamento de publicidade segmentada, sistemas de recomendação capazes de induzir comportamentos e superexposição a processos automatizados que buscam o engajamento constante do usuário.
Ainda, grupos vulneráveis são mais desproporcionalmente afetados pelos riscos, em razão de situações interseccionais de vulnerabilidades que enfrentam: cresce exponencialmente o número de casos de imagens geradas por IA que possibilitam a produção de imagens de nudez de crianças e adolescentes e que impactam, principalmente, meninas e mulheres – que também são os principais alvos de discurso de ódio nas redes e nas comunidades de jogos. Já os diversos casos de racismo algorítmico afetam amplamente os direitos de meninas e meninos negros ao reproduzir o racismo estrutural.
A responsabilidade prioritária com a garantia dos direitos humanos de crianças e adolescentes tem sido negligenciada pela maioria das plataformas digitais, em sentido oposto ao que preconiza o artigo 227 da Constituição Federal brasileira, pela qual firmou-se um amplo pacto social de responsabilidade compartilhada que define que toda sociedade, incluindo as empresas, deve atuar ativamente para favorecer o desenvolvimento desse grupo social hipervulnerável.
Por isso, é preciso que se assuma que fornecedores de produtos e serviços de tecnologia da informação possuem responsabilidade pela prevenção e mitigação de violações e pela promoção de direitos e do melhor interesse de crianças e adolescentes, em todas as regiões onde atuam.
Apenas sete empresas respondem por dois terços do total do valor de mercado das maiores companhias do setor de tecnologia, concentradas predominantemente nos Estados Unidos. Os grandes atores privados, que dominam os mercados digitais, tendem a priorizar as necessidades de países do Norte, que já possuem regulações mais protetivas. Isso se reflete em pesquisas que apontam Termos de Uso menos protetivos no Brasil em relação a esses países, com menor nível de investimento em proteção e em moderação de conteúdos na língua portuguesa, bem como no lançamento atrasado de recursos e funcionalidades de segurança no território nacional.
Ainda mais grave é pensar que essas empresas sabem tudo sobre nós e sobre nossas crianças e adolescentes, mas nós sabemos tão pouco sobre elas. O elemento da soberania, portanto, também deve ser considerado nesse contexto. Se 75% das crianças do planeta vivem no Sul Global, a necessidade de considerar suas especificidades em espaços de tomada de decisão precisa ser amplificada.
Ante a esse cenário, há debates legislativos e normativos em curso no Brasil que partem da premissa de que, se intermediários digitais não são agentes neutros – mas que privilegiam a circulação de determinados conteúdos sobre outros e são desenhados de forma a poder prejudicar o direito fundamental à liberdade de pensamento, de consciência e de ação de crianças e adolescentes – , é preciso uma postura ativa por parte dos Estados na regulação e na exigência de uma série de deveres pela iniciativa privada, incluindo deveres de transparência sobre suas atividades quanto aos impactos dessas tecnologias sobre os direitos humanos dessa população.
Ness sentido, tanto no Projeto de Lei 2628/2022, em debate no Senado Federal brasileiro, quanto na Resolução 245 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), estão previstas ações de proteção e promoção de direitos que devem ser atreladas à responsabilidade das empresas pela garantia de segurança e de saúde no fornecimento de produtos e serviços digitais, desde a sua concepção e em todas as etapas de uso. Devem ainda obedecer às regras da Constituição Federal de 1988, do Código de Defesa do Consumidor, do Estatuto da Criança e do Adolescente e do Comentário Geral 25 da ONU sobre direitos da criança em relação ao ambiente digital, que além de estabelecer diretrizes para os Estados-Partes quanto ao respeito absoluto dos direitos humanos e melhor interesse de crianças e adolescentes na interação com tecnologias digitais, também reconhece que o setor empresarial afeta os direitos desse grupo social no ambiente digital.
É, portanto, passada a hora de construirmos juntos um ambiente digital que priorize as crianças e os adolescentes do Sul Global, colocando-os no centro das discussões e não permitindo que fiquem para trás no estabelecimento de uma internet segura e protetora. Eles têm o direito de estar tão protegidos no ambiente online quanto as crianças e adolescentes europeus, americanos e de outros países já estão. Não se trata apenas de um imperativo constitucional, mas um dever moral que nós, adultos, devemos cumprir.
Citación académica sugerida: Henriques, Isabella e Mello, Maria. Crianças do Sul Global: o desafio urgente de protegê-las no ambiente digital e a responsabilidade das big techs. Agenda Estado de Derecho, 2024/09/24. Disponível em: https://agendaestadodederecho.com/criancas-do-sul-global/
Palavras-chave: Brasil, crianças e adolescentes, Internet
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Abogada colombiana, LLM en International Legal Studies por la Universidad de Georgetown y Máster en Argumentación Jurídica por la Universidad de Alicante. Es candidata a Doctora en Derecho por la Universidad de Georgetown. Actualmente se desempeña como Directora Asociada en el O'Neill Institute for National and Global Health Law y es docente en la Universidad de Georgetown y en programas de especialización y maestría en diversas universidades de América Latina. Anteriormente trabajó en la Comisión Interamericana de Derechos Humanos donde tuvo varios cargos, principalmente como Coordinadora de la Sección de Casos a cargo de la etapa de fondo y del litigio ante la Corte Interamericana de Derechos Humanos.
Es profesora ayudante e investigadora predoctoral en el Departamento de Ciencia Política y Relaciones Internacionales de la Universidad Autónoma de Madrid (UAM). Tiene un Máster en Democracia y Gobierno, y un Máster en Gobernanza y Derechos Humanos, ambos de la UAM. Es licenciada en Comunicación Social por la Universidad Central de Venezuela. Es integrante del Lab Grupo de Investigación en Innovación, Tecnología y Gestión Pública de la UAM. Su tesis doctoral aborda la relación entre género, tecnologías y sector público, con un especial énfasis en la Inteligencia Artificial. También ha publicado sobre innovación pública y colaboración entre administraciones públicas y ciudadanía. Formó parte del equipo editorial de Agenda Estado de Derecho desde 2020 hasta febrero de 2022.
Abogada de la Universidad de Chile y Magíster en Derecho Internacional de la Universidad de Cambridge. En el ámbito profesional, se ha desempeñado en el extranjero como asistente legal en la Corte Internacional de Justicia y consultora para la International Nuremberg Principles Academy. En Chile, ha trabajado como abogada para el Comité para la Prevención de la Tortura, y actualmente se desempeña en la División de Derechos Humanos del Ministerio de Relaciones Exteriores de Chile. Asimismo, es académica de Derecho Internacional Público en la Universidad de Chile. Sus áreas de investigación incluyen el derecho internacional de los derechos humanos, la regulación de la actividad policial y su conformidad con estándares internacionales, el derecho internacional humanitario y el derecho penal internacional.
Ex Relator Especial para la Libertad de Expresión de la Comisión Interamericana de Derechos Humanos (CIDH) hasta el 5 de octubre de 2020. Abogado y docente uruguayo egresado de la Facultad de Derecho de la Universidad de la República de Uruguay (Udelar). Actualmente es senior fellow en El Diálogo Interamericano (The Interamerican Dialogue) y consultor en libertades informativas de UNESCO y organizaciones de la sociedad civil. Se desempeña como Secretario de Relaciones Internacionales y Gobierno Abierto del Gobierno de Canelones (Uruguay).
Docente y conferenciasta en el campo de la libertad de expresión y el derecho a la información en prestigiosas universidades, entre ellas American University (Washington), Unam (México), Universidad Carlos III (España), Stanford (California), Universidad del Pacífico (Perú), UBA (Argentina) Universidad Diego Portales (Chile), Udelar (Uruguay) y Universidad de los Andes (Colombia). Periodista, columnista y colaborador asiduo en distintos medios de comunicación.
José Luis Caballero Ochoa es Licenciado en Derecho por el Tecnológico de Monterrey, Campus Chihuahua; Maestro en Derecho, por la Facultad de Derecho de la Universidad Nacional Autónoma de México, y Doctor en Derecho por la Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED) de España. Diplomado en derechos humanos y procesos de democratización por la Universidad de Chile. Pertenece al Sistema Nacional de Investigadores. Es académico – investigador en el Departamento de Derecho en la Universidad Iberoamericana, Ciudad de México, del que fue su Director por seis años. Actualmente es Comisionado de la Comisión Internacional de Juristas. Ha participado o participa en diversas comisiones o consejos públicos, ciudadanos y académicos en México, entre los que destacan: el Consejo de la Comisión de Derechos Humanos del Distrito Federal; la Junta Directiva del Instituto Federal de la Defensoría Pública; el Comité Consultivo del Centro de Estudios Constitucionales de la Suprema Corte de Justicia de la Nación; el Comité Académico y Editorial del Tribunal Electoral del Poder Judicial de la Federación la Comisión de Selección del Comité de Participación Ciudadana del Sistema Nacional Anticorrupción, entre otros. Docente en diversos programas académicos en materia de derecho constitucional y derechos humanos en centros de educación superior nacionales, y ponente en congresos y foros académicos especializados en México, Argentina, Brasil, Chile, Guatemala, Colombia, España, Estados Unidos y Perú. Su papel como consultor y especialista ha implicado la elaboración de proyectos de ley, dictámenes técnicos bajo la figura de amicus curiae y peritajes internacionales. Su obra publicada consiste en más de 80 capítulos de libros y artículos en revistas especializadas sobre derecho constitucional, derechos humanos y derecho internacional de los derechos humanos, así como algunos libros en estas materias.
Doctorando en Derecho por la Facultad de Derecho de la Universidad de Buenos Aires (Argentina); Master en Derecho Penal y Procesal Penal por Osgoode Hall Law School, Universidad de York (Canadá); Diplomado Latinoamericano sobre Reforma Procesal Penal por la Facultad de Derecho de la Universidad Diego Portales (Chile); Abogado con orientación en Derecho Penal por la Facultad de Derecho de la Universidad de Buenos Aires (Argentina). Actualmente es el Director de Relaciones Internacionales del Instituto de Estudios Comparados en Ciencias Penales y Sociales (INECIP). Durante 8 años fue el Director del Área de Capacitación del Centro de Estudios de Justicia de las Américas (CEJA), organismo internacional de la Organización de Estados Americanos (OEA), creado en 1999 por resolución de la Asamblea General de la OEA, con sede en Santiago de Chile.
Fiscal de la Procuración General de la Nación Argentina. Es abogada por la Universidad de Buenos Aires, donde se recibió con diploma de honor, Especialista en derecho penal y procesal penal por la Universidad Torcuato Di Tella y Máster en Derecho por la Universidad de Georgetown. Fue becaria de la Fundación Fulbright y perita de la Corte Interamericana de Derechos Humanos. Es profesora de Garantías Constitucionales del Derecho Penal Sustantivo y Procesal Penal de la Universidad de Buenos Aires, de Género y Derecho Penal en la Maestría en Derecho Penal de la Universidad de San Andrés y profesora invitada en distintas universidades, de grado y posgrado. Es autora de varios artículos en publicaciones académicas sobre temáticas de género y derecho penal y de garantías constitucionales en el proceso penal.
Abogado, Magíster en Derecho y Posgrado en Derecho Constitucional y Derechos Humanos por la Universidad de Palermo. Profesor en la Facultad de Derecho de la Universidad de Buenos Aires. Responsable del Programa para la Aplicación de Instrumentos de Derechos Humanos del Ministerio Público de la Defensa de la Nación. Integrante de la Red Latinoamericana de Académicas/os del Derecho - ALAS. Fue docente en diferentes universidades de Argentina, e investigador y docente en el Centro de Derechos Humanos de la Universidad de Chile. Sus temas de especialización son Derecho Internacional de los Derechos Humanos, Acceso a la Justicia y No Discriminación.
Director Ejecutivo de Fundación Ciudadanía y Desarrollo, contacto nacional de Transparencia Internacional en Ecuador. Abogado y máster en Dirección y Gestión Pública, así como en Acción Política, Fortalecimiento Institucional y Participación Ciudadana en el Estado de Derecho. Fue miembro suplente de la Asamblea Nacional Constituyente de Ecuador y asesor constitucional en el Consejo de Participación Ciudadana. Fellow del Centro para la Democracia, el Desarrollo y el Estado de Derecho de la Universidad de Stanford. Consultor para organizaciones nacionales e internacionales en temas de derechos humanos, libertad de expresión, acceso a la información, participación ciudadana, transparencia y lucha contra la corrupción.
Doctor en Ciencias Políticas de la Universidad de la República de Uruguay, magíster en Estudios Políticos por la Universidad Metropolitana de Venezuela y licenciado en Comunicación Social por la Universidad Santa María con especialización en Gobernabilidad y Gerencia Política por la Universidad Católica Andrés Bello y The George Washington University. Autor del libro «Venezolanos en el Uruguay» (2019). Trabaja como editor de la plataforma Diálogo Político y coordinador de proyectos del Programa Regional Partidos Políticos y Democracia en América Latina de la Fundación Konrad Adenauer.
Abogado egresado de la Universidad Francisco Marroquín de Guatemala y con un Máster en Economía de la Universidad Rey Juan Carlos de Madrid. En la actualidad, desempeña el cargo de Editor Asistente en el blog de la International Association of Constitutional Law (IACL) y es Director del área de Estudios Jurídicos en la Fundación Libertad y Desarrollo, un think tank basado en Ciudad de Guatemala. A nivel docente, ejerce como profesor tanto en la Universidad del Istmo como en la Universidad Francisco Marroquín de Guatemala. Adicionalmente, es columnista para el periódico guatemalteco La Hora. Sus principales áreas de investigación son el derecho constitucional y el derecho electoral.
Vicepresidenta de incidencia y litigio internacional del Robert F. Kennedy Human Rights. Baeyens lidera la estrategia de incidencia legal en derechos humanos de la organización, incluyendo el litigio de casos de alto impacto ante mecanismos de la ONU y sistemas regionales de protección, en temáticas relacionadas con la protección del espacio cívico y la lucha contra la discriminación, violencia e impunidad. Previamente se desempeñó como oficial de asuntos políticos en la ONU y como oficial de derechos humanos en la CIDH, donde también coordinó la Relatoría sobre personas defensoras. Es profesora adjunta de la Facultad de Derecho de la Universidad de Georgetown. Recibió su título de abogada de la Universidad de Ibagué, Colombia, y su LL.M en derecho internacional de los derechos humanos de la Universidad de Notre Dame, Estados Unidos.
Juez electo de la Corte Internacional de Justicia, además de profesor y director del Departamento de Derecho Público de la Universidad Federal de Minas Gerais (UFMG) y fundador del Centro de Derecho Internacional (CEDIN) y del Anuario Brasileño de Derecho Internacional. Tiene un máster de la UFMG y un doctorado de la Universidad París X Nanterre, y ha trabajado como jurista adjunto en el CIJ. Ha sido profesor visitante en el Institut des Hautes Études Internationales de la Université Panthéon-Assas Paris II, la Université Caen Basse-Normandie, la Université Paris-Ouest Nanterre la Défence y el Centro Lauterpacht de Derecho Internacional (Universidad de Cambridge, Reino Unido).
Abogado venezolano, egresado de la Universidad Católica Andrés Bello. LL.M. en derecho internacional de la Universidad de Cambridge, en Reino Unido, y Magíster en políticas públicas de la Universidad de los Andes, en Colombia. Actualmente se desempeña como asesor legal senior del Centro de Derechos Reproductivos y docente de la Universidad de los Andes. Fue abogado de la Secretaría de la Corte Interamericana de Derechos Humanos.
Directora Ejecutiva de la Fundación para el Debido Proceso (DPLF por sus siglas en inglés) organización regional dedicada a promover el Estado de derecho y los derechos humanos en América Latina. Antes de unirse a DPLF, fue Coordinadora Adjunta de la Unidad de Investigaciones Especiales de la Comisión de la Verdad de Perú, a cargo de la investigación de graves violaciones de derechos humanos ocurridas durante el conflicto armado interno en ese país. Previamente trabajó en la Adjuntía para los Derechos Humanos de la Defensoria del Pueblo de Perú y formó parte del equipo legal de la Coalición Contra la Impunidad (Alemania) que promovió el procesamiento penal en ese país de militares argentinos responsables de la desaparición de ciudadanos alemanes durante la dictadura argentina. Katya realizó sus estudios de derecho en la Pontifica Universidad Católica del Perú y de maestría en derecho internacional público en la Universidad de Heidelberg, Alemania.
Experto afiliado al Constitution Transformation Network de la Universidad de Melbourne e investigador asociado de la Universidad Rafael Landívar de Guatemala. Doctor en Derecho por la Escuela de Derecho de la Universidad de Melbourne y una Maestria en Derecho Público e Internacional en esa misma casa de estudios, y una Licenciatura en Ciencias Jurídicas y Sociales de la Universidad Rafael Landívar. Tiene experiencia en gobierno, especificamente en negociacion de tratados y convenciones, litigio en instancias internacionales e implementacion de instrumentos en materia de derechos humanos, y como consultor para organismos financieros internacionales.
Candidato a doctor por la Facultad de Derecho de la Universidad de Ottawa (Canadá). Director de la Clínica de Derechos Humanos del Centro de Investigación y Enseñanza en Derechos Humanos (HRREC) y profesor de la Sección de Derecho Civil de la Universidad de Ottawa. Anteriormente trabajó en la Comisión Andina de Juristas, el Tribunal Constitucional y el Ministerio de Justicia y Derechos Humanos del Perú. Sus áreas de investigación son el Sistema Interamericano, Empresas y Derechos Humanos, Derecho Penal Internacional, TWAIL y libertad académica. Integrante del Grupo de Estudios Latinoamericano sobre Derecho Penal Internacional de la Fundación Konrad Adenauer.
Es abogada por la Universidad San Francisco de Quito, y tiene un LL.M. por el Washington College of Law de American University, con enfoque en Derecho Internacional de los Derechos Humanos. Es candidata para el título de Doctora en Derecho por la Universidad Externado de Colombia. Ha trabajado como especialista en la Relatoría Especial para la Libre Expresión de la CIDH, Fundamedios y la Dirección Nacional de DDHH en Ecuador. Actualmente, es Directora del Observatorio de Derechos y Justicia de Ecuador, docente en la Universidad Internacional del Ecuador, y socia fundadora de Gentium Law Consultores.
Abogada costarricense, Máster en Derecho Internacional y Resolución de Conflictos por la Universidad para la Paz de las Naciones Unidas. Actualmente se desempeña como Directora Legal para América Latina en Women’s Link Worldwide, desde donde ejerce como estratega legal, líder de iniciativa y abogada litigante, con una gran responsabilidad para diseñar y liderar complejos proyectos legales, asimismo, es docente en la Universidad para la Paz, y en diversas universidades de Costa Rica. Anteriormente trabajó en el Centro por la Justicia y el Derecho Internacional (CEJIL) como Directora del Programa para Centroamérica y México, en la Secretaría General de la Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO) y como consultora internacional. Marcia se especializa en el litigio estratégico con enfoque de género e interseccional.
Doctor en Derecho por la Universidad Complutense de Madrid. Especialista en Derecho Constitucional por la Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), y en Derecho Constitucional y Ciencia Política por el Centro de Estudios Políticos y Constitucionales (Madrid). Licenciado en Derecho por la Universidad Autónoma de Guerrero (México). Es Investigador Nacional nivel I del Sistema Nacional de Investigadores del Consejo Nacional de Ciencia y Tecnología (CONACYT, México). En representación de México es miembro del Grupo de Justicia Constitucional y Derechos Fundamentales del Programa Estado de Derecho para Latinoamérica de la Fundación Konrad Adenauer.