Enchentes no Sul do Brasil: o informe da REDESCA e a necessidade de abordar a crise climática sob uma perspectiva de direitos humanos
1 de Julio de 2025

Direitos Humanos e Mudanças Climáticas? O artigo aborda a intersecção entre estes dois conceitos, considerando o recente informe da REDESCA sobre as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024.
Em maio de 2024, o Estado do Rio Grande do Sul foi palco de um evento climático extremo. As chuvas intensas provocaram enchentes devastadoras, com danos à infraestrutura, 184 mortes e mais de meio milhão de pessoas desabrigadas. Um território cuja extensão é comparável à de todo o Reino Unido ficou submerso. Essa situação dramática evidenciou que os impactos dos eventos climáticos extremos afetam as pessoas de maneira diferenciada, o que coloca em risco seus direitos humanos.
Os esforços coletivos para combater a mudança climática são múltiplos. Entre eles, destacam-se as Conferências das Partes (COPs), realizadas no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC), cuja próxima edição será celebrada no Brasil. Nesse contexto, ganham especial relevância as contribuições da Relatoria Especial para os Direitos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (REDESCA) da Comissão Interamericana, por meio do relatório “Impactos das inundações no Rio Grande do Sul”, que oferece tópicos-chave para as discussões sobre a relação entre a mudança climática e os direitos humanos.
A REDESCA, liderada pelo Relator Especial Dr. Javier Palummo Lantes, visitou o país, incluindo os municípios mais afetados – como Porto Alegre e o Vale do Taquari – para aprofundar a análise sobre o impacto das inundações e dialogar com representantes da sociedade civil, acadêmicos, pessoas afetadas e autoridades estatais. O relatório resultante evidencia como o desastre afetou as condições de acesso e fruição dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais, e formula uma série de recomendações ao Estado.
Entre elas, destaca-se a necessidade de adotar Soluções baseadas na Natureza (SbN, em espanhol; Nature Based Solutions, em inglês), ou seja, ações, medidas e práticas orientadas à gestão, proteção e restauração de ecossistemas naturais ou modificados. Essas soluções se inspiram ou imitam o funcionamento harmônico e equilibrado da natureza. Como exemplo, o relatório menciona a possibilidade de que as cidades incorporem infraestruturas verdes – como parques, “cidades-esponja”, muros verdes – e infraestruturas azuis – como zonas úmidas e sistemas naturais de drenagem – para aumentar a resiliência diante dos efeitos da mudança climática, como as enchentes.
O documento, elaborado no âmbito do Sistema Interamericano de Direitos Humanos, cumpre um papel fundamental: tornar visível o impacto desigual das enchentes. Nesse sentido, destaca que aquelas pessoas que já vivem em condições de desigualdade estrutural – como comunidades indígenas, quilombolas, mulheres, crianças e adolescentes, pessoas negras, pessoas com deficiência, pessoas idosas, entre outras – enfrentam uma vulnerabilidade agravada diante de eventos climáticos extremos, que podem se intensificar em questão de horas ou dias. Assim, o relatório menciona a necessidade de combater o racismo ambiental, utilizando a interseccionalidade como ferramenta analítica, que permite compreender como a discriminação e a injustiça racial se agravam diante das inundações.
A vulnerabilidade – do latim vulnus, que significa ferida – representa um risco concreto de violação ou afetação dos direitos humanos. Seja em sua dimensão individual (como pessoa) ou coletiva (como grupo), a análise das vulnerabilidades existentes e emergentes no contexto de um desastre ambiental exige dos Estados uma sensibilidade diferenciada. Isso implica, antes de tudo, reconhecer tal vulnerabilidade e adotar medidas positivas para efetivar os direitos humanos (com uma proteção especial, se for o caso).
As inundações no Rio Grande do Sul evidenciam, como aponta o relatório da REDESCA, que o direito a um meio ambiente saudável, o direito à educação, o direito à água, o direito à saúde, o direito à moradia adequada, o direito à alimentação (incluindo a segurança alimentar) e o direito ao trabalho são afetados em situações de emergência climática, especialmente de maneira restritiva para pessoas em situação de vulnerabilidade. Soma-se a isso a exposição a diversas formas de violência, especialmente a violência sexual, enfrentada por mulheres, meninas e adolescentes.
O relatório enfatiza a urgência de desenhar e implementar, nesses contextos, respostas com perspectiva de gênero, reconhecendo que mulheres e meninas estão expostas a riscos específicos durante e após os desastres, como se observou nas situações de violência e abusos em abrigos temporários.
Outro ponto fundamental é a necessidade de avançar na regularização das terras ancestrais das comunidades indígenas, cujos territórios são impactados pelas mudanças climáticas. A falta de segurança jurídica e o não reconhecimento da relação especial com suas terras resultam em uma desproteção institucional que afeta o pleno exercício e gozo de seus direitos.
O relatório também adverte que a mudança climática gera novas formas de vulnerabilidade, como a social e a climática, que afetam pequenos agricultores, pescadores e comunidades ribeirinhas. Por isso, insta os Estados a elaborarem respostas participativas e intersetoriais, garantindo que as vozes das pessoas afetadas sejam ouvidas. Essa abordagem está em sintonia com o Acordo de Escazú – assinado em 2018 pelo Brasil, mas ainda não ratificado – que busca garantir o acesso à informação ambiental, a participação cidadã e o acesso à justiça, fortalecendo, em última instância, a cidadania ambiental. Nesse ponto, a relatoria manifesta preocupação com o acesso limitado às medidas de prevenção adotadas e à informação ambiental.
Além disso, o relatório destaca que o direito a um meio ambiente saudável – que implica, entre outras obrigações, a proteção dos ecossistemas, da biodiversidade, dos recursos hídricos e dos solos, todos afetados durante as inundações – exige que os Estados adotem normas e políticas públicas específicas. Alerta também para o risco representado pela adoção de marcos legais ambientais menos protetores (regressivos), que se afastam dos compromissos assumidos para a salvaguarda dos direitos humanos.
Os direitos humanos são o denominador comum – o leitmotiv – do nosso tempo. Eles orientaram as lutas sociais por reconhecimento e continuam impulsionando reivindicações. No entanto, diante dos impactos da crise climática, em contextos de desigualdade(s), surgem novos desafios compartilhados: o caso das enchentes no Rio Grande do Sul – um verdadeiro desastre – oferece exemplos concretos.
O que acontece quando a água inunda cidades inteiras, deslocando milhares de pessoas e famílias que perdem seus lares sem saber se poderão retornar, violando seu direito a uma moradia digna? O que acontece com crianças e adolescentes cujo acesso à educação é interrompido pelo fechamento prolongado das escolas? Como garantir o direito à água quando os recursos hídricos são contaminados ou as infraestruturas entram em colapso? O que ocorre com quem perde suas fontes de renda, seja em setores produtivos formais ou em empregos informais, como a coleta de resíduos sólidos ou o trabalho por meio de aplicativos? E qual é o impacto na segurança alimentar quando as colheitas são perdidas? Esses são alguns dos tópicos cruciais que o relatório da Relatoria Especial apresenta, alertando que a crise climática “corrói” conquistas no campo dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais.
Esse desastre não é um fato isolado: as inundações se repetem na Argentina e no Uruguai; as ondas de calor são cada vez mais recorrentes em países como Paraguai, Venezuela e Equador, enquanto secas extremas assolam o México. Ao se completar um ano da tragédia que marcou nossas vidas – e transformou o cavalo “Caramelo”, que esperou dias no telhado por seu resgate, em símbolo de resiliência – o desafio é refletir sobre a importância de prevenir violações de direitos em situações de desastre. Os eventos climáticos extremos fazem parte de um ciclo de degradação ambiental que ameaça biomas como a Amazônia e o Pantanal, os quais correm risco de desaparecer. Essa situação coloca em risco a biodiversidade de animais, plantas, a vida marinha, bem como as condições para uma vida digna e a própria existência humana – com impacto direto nas instituições.
Preservar os direitos humanos é fundamental para fortalecer e defender a democracia em nossa região e nossas instituições. Diante dos desafios impostos pela crise climática, destaca-se a necessidade de fomentar diálogos que integrem diferentes tipos de saberes, como assinala o Relatório. Nesse cenário, a ciência jurídica não pode permanecer inerte: o Direito se posiciona como uma ferramenta essencial para proteger vidas e o meio ambiente, definir responsabilidades e prevenir riscos.
O desastre no Rio Grande do Sul nos recorda, mais uma vez, que quando os impactos da mudança climática inundam nossas cidades, destroem lares – deixando crianças órfãs – e provocam mortes e sofrimento, o debate deve necessariamente ser feito sob a ótica dos direitos humanos.
Citación académica sugerida: Moliterno Abi Cheble, Laila Roxina. Enchentes no Sul do Brasil: o informe da REDESCA e a necessidade de abordar a crise climática sob uma perspectiva de direitos humanos. 2025/07/01. Disponible en: https://agendaestadodederecho.com/enchentes-no-sul-do-brasil/
Palavras-chave: Crise climática, Desastres, Brasil, Direitos Humanos
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Doutoranda em Direito Internacional (UFRGS) e membro do OBJE. Visiting scholar Academy for European Human Rights Protection. Advogada (UNT).
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Abogada colombiana, LLM en International Legal Studies por la Universidad de Georgetown y Máster en Argumentación Jurídica por la Universidad de Alicante. Es candidata a Doctora en Derecho por la Universidad de Georgetown. Actualmente se desempeña como Directora Asociada en el O'Neill Institute for National and Global Health Law y es docente en la Universidad de Georgetown y en programas de especialización y maestría en diversas universidades de América Latina. Anteriormente trabajó en la Comisión Interamericana de Derechos Humanos donde tuvo varios cargos, principalmente como Coordinadora de la Sección de Casos a cargo de la etapa de fondo y del litigio ante la Corte Interamericana de Derechos Humanos.
Es profesora ayudante e investigadora predoctoral en el Departamento de Ciencia Política y Relaciones Internacionales de la Universidad Autónoma de Madrid (UAM). Tiene un Máster en Democracia y Gobierno, y un Máster en Gobernanza y Derechos Humanos, ambos de la UAM. Es licenciada en Comunicación Social por la Universidad Central de Venezuela. Es integrante del Lab Grupo de Investigación en Innovación, Tecnología y Gestión Pública de la UAM. Su tesis doctoral aborda la relación entre género, tecnologías y sector público, con un especial énfasis en la Inteligencia Artificial. También ha publicado sobre innovación pública y colaboración entre administraciones públicas y ciudadanía. Formó parte del equipo editorial de Agenda Estado de Derecho desde 2020 hasta febrero de 2022.
Abogada de la Universidad de Chile y Magíster en Derecho Internacional de la Universidad de Cambridge. En el ámbito profesional, se ha desempeñado en el extranjero como asistente legal en la Corte Internacional de Justicia y consultora para la International Nuremberg Principles Academy. En Chile, ha trabajado como abogada para el Comité para la Prevención de la Tortura, y actualmente se desempeña en la División de Derechos Humanos del Ministerio de Relaciones Exteriores de Chile. Asimismo, es académica de Derecho Internacional Público en la Universidad de Chile. Sus áreas de investigación incluyen el derecho internacional de los derechos humanos, la regulación de la actividad policial y su conformidad con estándares internacionales, el derecho internacional humanitario y el derecho penal internacional.
Ex Relator Especial para la Libertad de Expresión de la Comisión Interamericana de Derechos Humanos (CIDH) hasta el 5 de octubre de 2020. Abogado y docente uruguayo egresado de la Facultad de Derecho de la Universidad de la República de Uruguay (Udelar). Actualmente es senior fellow en El Diálogo Interamericano (The Interamerican Dialogue) y consultor en libertades informativas de UNESCO y organizaciones de la sociedad civil. Se desempeña como Secretario de Relaciones Internacionales y Gobierno Abierto del Gobierno de Canelones (Uruguay).
Docente y conferenciasta en el campo de la libertad de expresión y el derecho a la información en prestigiosas universidades, entre ellas American University (Washington), Unam (México), Universidad Carlos III (España), Stanford (California), Universidad del Pacífico (Perú), UBA (Argentina) Universidad Diego Portales (Chile), Udelar (Uruguay) y Universidad de los Andes (Colombia). Periodista, columnista y colaborador asiduo en distintos medios de comunicación.
José Luis Caballero Ochoa es Licenciado en Derecho por el Tecnológico de Monterrey, Campus Chihuahua; Maestro en Derecho, por la Facultad de Derecho de la Universidad Nacional Autónoma de México, y Doctor en Derecho por la Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED) de España. Diplomado en derechos humanos y procesos de democratización por la Universidad de Chile. Pertenece al Sistema Nacional de Investigadores. Es académico – investigador en el Departamento de Derecho en la Universidad Iberoamericana, Ciudad de México, del que fue su Director por seis años. Actualmente es Comisionado de la Comisión Internacional de Juristas. Ha participado o participa en diversas comisiones o consejos públicos, ciudadanos y académicos en México, entre los que destacan: el Consejo de la Comisión de Derechos Humanos del Distrito Federal; la Junta Directiva del Instituto Federal de la Defensoría Pública; el Comité Consultivo del Centro de Estudios Constitucionales de la Suprema Corte de Justicia de la Nación; el Comité Académico y Editorial del Tribunal Electoral del Poder Judicial de la Federación la Comisión de Selección del Comité de Participación Ciudadana del Sistema Nacional Anticorrupción, entre otros. Docente en diversos programas académicos en materia de derecho constitucional y derechos humanos en centros de educación superior nacionales, y ponente en congresos y foros académicos especializados en México, Argentina, Brasil, Chile, Guatemala, Colombia, España, Estados Unidos y Perú. Su papel como consultor y especialista ha implicado la elaboración de proyectos de ley, dictámenes técnicos bajo la figura de amicus curiae y peritajes internacionales. Su obra publicada consiste en más de 80 capítulos de libros y artículos en revistas especializadas sobre derecho constitucional, derechos humanos y derecho internacional de los derechos humanos, así como algunos libros en estas materias.
Doctorando en Derecho por la Facultad de Derecho de la Universidad de Buenos Aires (Argentina); Master en Derecho Penal y Procesal Penal por Osgoode Hall Law School, Universidad de York (Canadá); Diplomado Latinoamericano sobre Reforma Procesal Penal por la Facultad de Derecho de la Universidad Diego Portales (Chile); Abogado con orientación en Derecho Penal por la Facultad de Derecho de la Universidad de Buenos Aires (Argentina). Actualmente es el Director de Relaciones Internacionales del Instituto de Estudios Comparados en Ciencias Penales y Sociales (INECIP). Durante 8 años fue el Director del Área de Capacitación del Centro de Estudios de Justicia de las Américas (CEJA), organismo internacional de la Organización de Estados Americanos (OEA), creado en 1999 por resolución de la Asamblea General de la OEA, con sede en Santiago de Chile.
Fiscal de la Procuración General de la Nación Argentina. Es abogada por la Universidad de Buenos Aires, donde se recibió con diploma de honor, Especialista en derecho penal y procesal penal por la Universidad Torcuato Di Tella y Máster en Derecho por la Universidad de Georgetown. Fue becaria de la Fundación Fulbright y perita de la Corte Interamericana de Derechos Humanos. Es profesora de Garantías Constitucionales del Derecho Penal Sustantivo y Procesal Penal de la Universidad de Buenos Aires, de Género y Derecho Penal en la Maestría en Derecho Penal de la Universidad de San Andrés y profesora invitada en distintas universidades, de grado y posgrado. Es autora de varios artículos en publicaciones académicas sobre temáticas de género y derecho penal y de garantías constitucionales en el proceso penal.
Abogado, Magíster en Derecho y Posgrado en Derecho Constitucional y Derechos Humanos por la Universidad de Palermo. Profesor en la Facultad de Derecho de la Universidad de Buenos Aires. Responsable del Programa para la Aplicación de Instrumentos de Derechos Humanos del Ministerio Público de la Defensa de la Nación. Integrante de la Red Latinoamericana de Académicas/os del Derecho - ALAS. Fue docente en diferentes universidades de Argentina, e investigador y docente en el Centro de Derechos Humanos de la Universidad de Chile. Sus temas de especialización son Derecho Internacional de los Derechos Humanos, Acceso a la Justicia y No Discriminación.
Director Ejecutivo de Fundación Ciudadanía y Desarrollo, contacto nacional de Transparencia Internacional en Ecuador. Abogado y máster en Dirección y Gestión Pública, así como en Acción Política, Fortalecimiento Institucional y Participación Ciudadana en el Estado de Derecho. Fue miembro suplente de la Asamblea Nacional Constituyente de Ecuador y asesor constitucional en el Consejo de Participación Ciudadana. Fellow del Centro para la Democracia, el Desarrollo y el Estado de Derecho de la Universidad de Stanford. Consultor para organizaciones nacionales e internacionales en temas de derechos humanos, libertad de expresión, acceso a la información, participación ciudadana, transparencia y lucha contra la corrupción.
Doctor en Ciencias Políticas de la Universidad de la República de Uruguay, magíster en Estudios Políticos por la Universidad Metropolitana de Venezuela y licenciado en Comunicación Social por la Universidad Santa María con especialización en Gobernabilidad y Gerencia Política por la Universidad Católica Andrés Bello y The George Washington University. Autor del libro «Venezolanos en el Uruguay» (2019). Trabaja como editor de la plataforma Diálogo Político y coordinador de proyectos del Programa Regional Partidos Políticos y Democracia en América Latina de la Fundación Konrad Adenauer.
Abogado egresado de la Universidad Francisco Marroquín de Guatemala y con un Máster en Economía de la Universidad Rey Juan Carlos de Madrid. En la actualidad, desempeña el cargo de Editor Asistente en el blog de la International Association of Constitutional Law (IACL) y es Director del área de Estudios Jurídicos en la Fundación Libertad y Desarrollo, un think tank basado en Ciudad de Guatemala. A nivel docente, ejerce como profesor tanto en la Universidad del Istmo como en la Universidad Francisco Marroquín de Guatemala. Adicionalmente, es columnista para el periódico guatemalteco La Hora. Sus principales áreas de investigación son el derecho constitucional y el derecho electoral.
Vicepresidenta de incidencia y litigio internacional del Robert F. Kennedy Human Rights. Baeyens lidera la estrategia de incidencia legal en derechos humanos de la organización, incluyendo el litigio de casos de alto impacto ante mecanismos de la ONU y sistemas regionales de protección, en temáticas relacionadas con la protección del espacio cívico y la lucha contra la discriminación, violencia e impunidad. Previamente se desempeñó como oficial de asuntos políticos en la ONU y como oficial de derechos humanos en la CIDH, donde también coordinó la Relatoría sobre personas defensoras. Es profesora adjunta de la Facultad de Derecho de la Universidad de Georgetown. Recibió su título de abogada de la Universidad de Ibagué, Colombia, y su LL.M en derecho internacional de los derechos humanos de la Universidad de Notre Dame, Estados Unidos.
Juez electo de la Corte Internacional de Justicia, además de profesor y director del Departamento de Derecho Público de la Universidad Federal de Minas Gerais (UFMG) y fundador del Centro de Derecho Internacional (CEDIN) y del Anuario Brasileño de Derecho Internacional. Tiene un máster de la UFMG y un doctorado de la Universidad París X Nanterre, y ha trabajado como jurista adjunto en el CIJ. Ha sido profesor visitante en el Institut des Hautes Études Internationales de la Université Panthéon-Assas Paris II, la Université Caen Basse-Normandie, la Université Paris-Ouest Nanterre la Défence y el Centro Lauterpacht de Derecho Internacional (Universidad de Cambridge, Reino Unido).
Abogado venezolano, egresado de la Universidad Católica Andrés Bello. LL.M. en derecho internacional de la Universidad de Cambridge, en Reino Unido, y Magíster en políticas públicas de la Universidad de los Andes, en Colombia. Actualmente se desempeña como asesor legal senior del Centro de Derechos Reproductivos y docente de la Universidad de los Andes. Fue abogado de la Secretaría de la Corte Interamericana de Derechos Humanos.
Directora Ejecutiva de la Fundación para el Debido Proceso (DPLF por sus siglas en inglés) organización regional dedicada a promover el Estado de derecho y los derechos humanos en América Latina. Antes de unirse a DPLF, fue Coordinadora Adjunta de la Unidad de Investigaciones Especiales de la Comisión de la Verdad de Perú, a cargo de la investigación de graves violaciones de derechos humanos ocurridas durante el conflicto armado interno en ese país. Previamente trabajó en la Adjuntía para los Derechos Humanos de la Defensoria del Pueblo de Perú y formó parte del equipo legal de la Coalición Contra la Impunidad (Alemania) que promovió el procesamiento penal en ese país de militares argentinos responsables de la desaparición de ciudadanos alemanes durante la dictadura argentina. Katya realizó sus estudios de derecho en la Pontifica Universidad Católica del Perú y de maestría en derecho internacional público en la Universidad de Heidelberg, Alemania.
Experto afiliado al Constitution Transformation Network de la Universidad de Melbourne e investigador asociado de la Universidad Rafael Landívar de Guatemala. Doctor en Derecho por la Escuela de Derecho de la Universidad de Melbourne y una Maestria en Derecho Público e Internacional en esa misma casa de estudios, y una Licenciatura en Ciencias Jurídicas y Sociales de la Universidad Rafael Landívar. Tiene experiencia en gobierno, especificamente en negociacion de tratados y convenciones, litigio en instancias internacionales e implementacion de instrumentos en materia de derechos humanos, y como consultor para organismos financieros internacionales.
Candidato a doctor por la Facultad de Derecho de la Universidad de Ottawa (Canadá). Director de la Clínica de Derechos Humanos del Centro de Investigación y Enseñanza en Derechos Humanos (HRREC) y profesor de la Sección de Derecho Civil de la Universidad de Ottawa. Anteriormente trabajó en la Comisión Andina de Juristas, el Tribunal Constitucional y el Ministerio de Justicia y Derechos Humanos del Perú. Sus áreas de investigación son el Sistema Interamericano, Empresas y Derechos Humanos, Derecho Penal Internacional, TWAIL y libertad académica. Integrante del Grupo de Estudios Latinoamericano sobre Derecho Penal Internacional de la Fundación Konrad Adenauer.
Es abogada por la Universidad San Francisco de Quito, y tiene un LL.M. por el Washington College of Law de American University, con enfoque en Derecho Internacional de los Derechos Humanos. Es candidata para el título de Doctora en Derecho por la Universidad Externado de Colombia. Ha trabajado como especialista en la Relatoría Especial para la Libre Expresión de la CIDH, Fundamedios y la Dirección Nacional de DDHH en Ecuador. Actualmente, es Directora del Observatorio de Derechos y Justicia de Ecuador, docente en la Universidad Internacional del Ecuador, y socia fundadora de Gentium Law Consultores.
Abogada costarricense, Máster en Derecho Internacional y Resolución de Conflictos por la Universidad para la Paz de las Naciones Unidas. Actualmente se desempeña como Directora Legal para América Latina en Women’s Link Worldwide, desde donde ejerce como estratega legal, líder de iniciativa y abogada litigante, con una gran responsabilidad para diseñar y liderar complejos proyectos legales, asimismo, es docente en la Universidad para la Paz, y en diversas universidades de Costa Rica. Anteriormente trabajó en el Centro por la Justicia y el Derecho Internacional (CEJIL) como Directora del Programa para Centroamérica y México, en la Secretaría General de la Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO) y como consultora internacional. Marcia se especializa en el litigio estratégico con enfoque de género e interseccional.
Doctor en Derecho por la Universidad Complutense de Madrid. Especialista en Derecho Constitucional por la Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), y en Derecho Constitucional y Ciencia Política por el Centro de Estudios Políticos y Constitucionales (Madrid). Licenciado en Derecho por la Universidad Autónoma de Guerrero (México). Es Investigador Nacional nivel I del Sistema Nacional de Investigadores del Consejo Nacional de Ciencia y Tecnología (CONACYT, México). En representación de México es miembro del Grupo de Justicia Constitucional y Derechos Fundamentales del Programa Estado de Derecho para Latinoamérica de la Fundación Konrad Adenauer.